terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Orvalho

Na rudeza da minha alma
Ansiosa e deslocada
Vivo num presente estático.
Enveredo-me pelos mais insólitos caminhos,
Pelas mais lânguidas perspectivas
Para não ter que recusar este momento.
As janelas inundam-se
E, imóvel, sinto-as escorrer.
A brisa me beija, mas as marcas ficam.
O estigma me consome.

Fabiana Alves
                                   
Foto: "Nocturna" por Fabiana Alves          
                                         

2 comentários:

  1. Um ótimo poema, meu amor, dos melhores que já li seus. Intenso, sensível, singelo. Palavras que fazem a vez do poema e nos arrebatam pela sinceridade que Rilke sempre defendia e pela força do sentimento.
    Fui meio formal. Mas não sei outro modo de escrever. É sincero.
    Beijos e beijos,

    ResponderExcluir
  2. Rodrigo...
    Fico feliz e grata por tamanho carinho e lisonjeada pela crítica. Saiba que sua opinião me é de enorme importância!
    Beijo, meu amor!

    ResponderExcluir